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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sentimentos sem gelo, por favor!



Eu fiz de tudo, na verdade fiz mais do que aguentei, mais do que pude, mais do que você merecia. Eu transpus todas as minhas barreiras e algumas vezes acho que até o meu carácter; que eu acreditava ser intocável, imutável. Como diria minha avó, fiz das tripas o coaração; ou coisa parecida. Batalhei, andei pra longe, busquei em lugares desconhecidos e escuros algo que não encontrei, algo que não existia. Precisei acreditar em coisas que eu duvidava e desacreditar em certas crenças!
Na verdade deixei de ser eu, fui ser você e depois voltei a ser eu. Mas um eu diferente, com cicatrizes e feridas abertas, com experiencias e virtudes renovadas. Com uma fortaleza imensa quando o assunto sou eu, porém mais fraca que nunca quando falam sobre você.
Mas eu tento com um sorriso, maquiagens e salto alto esconder o que aconteceu. Às vezes quando um tal de Johnnie Walker, Jack Daniels, Jose Cuervo e sua turma vêm fazer uma vista noturna, acabo passando do limite e o antigo eu retoma a posição ativa.
Dor de cabeça, no corpo e náuseas fazem o dia seguinte ser dramático, mas sem arrependimentos. Porque se não lembro não fiz, outra doutrina de vida muito útil no momento. E é hora de refletir e tentar lembrar o que eu buscava e o que encontrei.
Fiz o que tinha que ser feito, com exageros, confesso. Busquei sempre a felicidade, a verdade, a pureza e a força do amor. Encontrei muito mais do que queria, encontrei a felicidade em mim, a verdade dos pensamento, a pureza dos sentimentos e a força do amor próprio, baby. Eu encontrei a mim, a minha essência.
E a dica é que você faça o mesmo. Arrisque tudo, quebre e derrame a ultima gota do seu ser. Depois volte e recomece, juntando só o que ficou inteiro e reconstruindo o que quebrou em pedaços grandes. E enquanto o que espatifou e sumiu, esqueça. Essa parte não era você, definitivamente.

Mistake


E então você se pega pensando em sentimentos, suspira fundo, senti o coração apertar, a garganta com um nó e os olhos borbulham em água salgada. Você engoli o choro, poque você é forte e chorar é para os fracos. Põe um rock'n'roll, um shot de qualquer bebida forte é o que você deseja  neste momento, mas contenta se com um copo d'água gelado. Volta a pensar e percebe que  precisa de conversar, desabafar, descansar o coração e a mente que tanto trabalham a mil. 
Mas com quem? Sua mãe? Definitivamente não, ela não entenderia. Seu pai? To brincando! Talvez seu namorado, sua irmã ou sua melhor amiga? Hã?! QUEM?!
Você pega o celular e vasculha a sua agenda procurando alguém que irá apenas te ouvir, sem julgar, sem opiniões, sem criticas. Apenas alguém que te escute, te abrace, faça cafuné até você quase dormir e diga ao pé do ouvido: Vai ficar tudo bem, não se preocupa. Estou aqui.
E o silencio reina mais uma vez, até você chorar e transpor a ultima gota de desgosto, medo, ódio, arrependimento...sentimentos. Mas você percebe que não tem ninguém, ou talvez tenha, mas você como sempre desconfia se te aceitarão assim, meio torta. 
 E você fica ali parada, apenas ouvindo seus pensamentos, ouvindo sua respiração cansada e triste. Finalmente a ficha cai e a tal água salgada desce pela maça do rosto, contornando a face e molhando a blusa vermelha sangue. Você percebe que é só você, sem mais ninguém.
Sem mãe, pai, namorado, irmã, amigas...ninguém. 
Você se afastou e exilou se no seu mundo pequeno e cor de rosa. O problema não vem do mundo, das pessoas.
O problema vem de você.  Be the change...