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Eu fiz de tudo, na verdade fiz mais do que aguentei, mais do que pude, mais do que você merecia. Eu transpus todas as minhas barreiras e algumas vezes acho que até o meu carácter; que eu acreditava ser intocável, imutável. Como diria minha avó, fiz das tripas o coaração; ou coisa parecida. Batalhei, andei pra longe, busquei em lugares desconhecidos e escuros algo que não encontrei, algo que não existia. Precisei acreditar em coisas que eu duvidava e desacreditar em certas crenças!
Na verdade deixei de ser eu, fui ser você e depois voltei a ser eu. Mas um eu diferente, com cicatrizes e feridas abertas, com experiencias e virtudes renovadas. Com uma fortaleza imensa quando o assunto sou eu, porém mais fraca que nunca quando falam sobre você.
Mas eu tento com um sorriso, maquiagens e salto alto esconder o que aconteceu. Às vezes quando um tal de Johnnie Walker, Jack Daniels, Jose Cuervo e sua turma vêm fazer uma vista noturna, acabo passando do limite e o antigo eu retoma a posição ativa.
Dor de cabeça, no corpo e náuseas fazem o dia seguinte ser dramático, mas sem arrependimentos. Porque se não lembro não fiz, outra doutrina de vida muito útil no momento. E é hora de refletir e tentar lembrar o que eu buscava e o que encontrei.
Fiz o que tinha que ser feito, com exageros, confesso. Busquei sempre a felicidade, a verdade, a pureza e a força do amor. Encontrei muito mais do que queria, encontrei a felicidade em mim, a verdade dos pensamento, a pureza dos sentimentos e a força do amor próprio, baby. Eu encontrei a mim, a minha essência.
E a dica é que você faça o mesmo. Arrisque tudo, quebre e derrame a ultima gota do seu ser. Depois volte e recomece, juntando só o que ficou inteiro e reconstruindo o que quebrou em pedaços grandes. E enquanto o que espatifou e sumiu, esqueça. Essa parte não era você, definitivamente.
E então você se pega pensando em sentimentos, suspira fundo, senti o coração apertar, a garganta com um nó e os olhos borbulham em água salgada. Você engoli o choro, poque você é forte e chorar é para os fracos. Põe um rock'n'roll, um shot de qualquer bebida forte é o que você deseja neste momento, mas contenta se com um copo d'água gelado. Volta a pensar e percebe que precisa de conversar, desabafar, descansar o coração e a mente que tanto trabalham a mil.
Mas com quem? Sua mãe? Definitivamente não, ela não entenderia. Seu pai? To brincando! Talvez seu namorado, sua irmã ou sua melhor amiga? Hã?! QUEM?!
Você pega o celular e vasculha a sua agenda procurando alguém que irá apenas te ouvir, sem julgar, sem opiniões, sem criticas. Apenas alguém que te escute, te abrace, faça cafuné até você quase dormir e diga ao pé do ouvido: Vai ficar tudo bem, não se preocupa. Estou aqui.
E o silencio reina mais uma vez, até você chorar e transpor a ultima gota de desgosto, medo, ódio, arrependimento...sentimentos. Mas você percebe que não tem ninguém, ou talvez tenha, mas você como sempre desconfia se te aceitarão assim, meio torta.
E você fica ali parada, apenas ouvindo seus pensamentos, ouvindo sua respiração cansada e triste. Finalmente a ficha cai e a tal água salgada desce pela maça do rosto, contornando a face e molhando a blusa vermelha sangue. Você percebe que é só você, sem mais ninguém.
Sem mãe, pai, namorado, irmã, amigas...ninguém.
Você se afastou e exilou se no seu mundo pequeno e cor de rosa. O problema não vem do mundo, das pessoas.
O problema vem de você. Be the change...